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domingo, 31 de janeiro de 2010

Eu, Modo Subjuntivo


Eu sou Modo Subjuntivo


Presente
Pretérito Imperfeito
Futuro mais que incerto
toda cheia de conjunções.
Eu não sei
mas o Presente pode ser que aconteça.
Pode ser que eu ande
Eu tento, pelo menos, mesmo sem saber
exatamente para onde.
Seria bom se no Pretérito Imperfeito acontecesse
tudo do jeito que se gostaria
mas mesmo sobre aquilo que já passou
não ouso afirmar certeza, afinal
se eu andasse um pouco mais...
E mesmo o de todos mais incerto
quando eu no Futuro andar melhor
aí não esperarei mais acontecer
eu apenas acontecerei
E no conjugar dessa vida gramática
sairei, em parte, desse Modo Subjuntivo
e poderei afirmar
Eu, agora, sou mais Modo Indicativo
do que toda Subjuntivo.

Alanna Correia


Dei uma de Moisés e postei um poema. ^.^

domingo, 24 de janeiro de 2010

AMOR COMÉDIA

Em resposta ao que não me perguntaram, ao que não me disseram. Ou talvez seja em provocação ao que ainda não existe ou não despertou!

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No instante em que olhei em seus olhos

Senti-me sugado por eles,

Como se o tempo tivesse parado

Pensei que aquele momento seria eterno

Que bom seria se assim fosse.


Jamais te esquecerei

Teus olhos são mesmo labirintos que me fazem perder a direção

Quanto lutei para tê-la

Sem jamais ser correspondido.


O amor,

Um verdadeiro comediante

Une os opostos

Separa os iguais

Retrocede no tempo

Muda a história

Ignora o óbvio

E destaca o invisível.


No fundo eu sabia

Que no mesmo momento que me entregasse a esse sentimento

Começaria a morrer.


Meu coração te procura

Meus lábios desejam sentir o gosto dos teus

Meus braços querem o calor do teu corpo.


Sei que quando me amar

Já será tarde

Pois já começo a partir

E já não sei se vou voltar

Mas lembre-se de que,

Até esse momento,

Estive sempre aqui,

Agora nem eu mesmo sei pra onde ir.


Quando penso em meu desejo

Lembro-me de sua expressão

Daquele sorriso!

Quantas coisas eu disse em silêncio

E você não ouviu

E por isso te perdi,

Ah! Quantas coisas deviam ter sido ditas

Como queria ser dono do tempo

Esperei a hora certa achando que ela viria

Eu que já não vejo nada,

Por já ter visto tudo,

Observo o amor.


O amor...

Um verdadeiro enigma

Visto por quem o tem em mais alta estima.


Talvez por isso

Eu tente te esquecer

E ao contrário, penso mais em você.


(Moisés Wesley)



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Para esta postagem foi difícil encontrar uma imagem que correspondesse ao poema, mas acho que esta ficou bonitinha e achei legal por que une os opostos! Precisei de ajuda para escolher e não podia deixar de agradecer à Jaque, David, Viviane e Junior Campos por este favor, todos eles me ajudaram a decidir! Muito obrigado a todos!

Um abraço para os rapazes e um beijo para as meninas! rsrsrs


domingo, 17 de janeiro de 2010

A Espera

A ansiedade e o nervosismo fluíam de mim, não dormi direito, ao amanhecer não tive fome, não consegui comer. No colégio quase não prestei atenção em nada. Só pensava que em poucas horas eu iria te ver, finalmente, ouvir tua voz, te olhar nos olhos e tentar descobrir o que você estaria pensando. A cada segundo que se passava minha ansiedade só ia aumentando, parecia até que meu estômago ia sair voando pela janela, talvez até te encontrar antes de mim. As mãos frias não me deixavam disfarçar o que sentia. Esperei, esperei, sonhei acordada... Chegou enfim a hora tão esperada! Mas onde você estava? Pensei em ir embora, até tentei, mas no meio do caminho voltei e mais um vez esperei. Procurei. A ansiedade agora já tinha forma definida e esperava, desejava loucamente que você aparecesse, assim de surpresa mesmo, não importava como. E quando o tempo passou e eu já havia cansado de esperar, meus pés tomaram vida e me levaram para casa. Sozinha. O estômago não tentava mais fugir do meu corpo, o calor retornara às mãos. Em algum lugar, tocava músicas tristes. O sorriso por um tempo se escondeu. Os olhos se encheram de dor e a alma de decepção. Meu corpo seguia para casa, meu coração ainda te esperava e a mente só pensava: "Por que você não apareceu?"


"I don't know where you were, but I was there waiting for you"


Alanna Correia

domingo, 10 de janeiro de 2010

QUEDA E ASCENSÃO.


Já tem um tempinho que eu escrevi este poema, mas como eu estou um tanto quanto introspectivo acho que ele se encaixa bem no contexto!
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Quero sentir o vento
Quero sentir o calor do sol
Quero sentir o frescor da brisa
Quero sentir a água do mar.

Quero meus sentidos de volta
Sinto minha vivacidade esvaindo-se
Minha alegria dá lugar à tristeza
Minha vontade de evoluir
É substituída pela vontade de permanecer
Sinto que não tenho riquezas
O que eu tinha de valor, eu perdi.

Quero descobrir o que se faz quando
A ferida é tão profunda
Que é difícil de cicatrizar
E mesmo que cicatrize
Sempre irá doer ao ser tocada.

Não vejo sentido em minhas ações
A maioria das coisas que fiz
De nada adiantou.

Falhei em meus objetivos
Fui fraco e cedi
Ao que me pareceu mais cômodo
Hoje colho frutos
Com sabor amargo.

Mas me lamentar agora
Não retrocede o tempo
A vida continua
Das minhas cinzas renascerei.


(Moisés Wesley)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Silêncio Engasgado






Tem um silêncio que há anos está entalado em minha garganta. Ele se escondeu em minhas pregas vocais e não quer sair. Tem um silêncio amarguradamente preso em meu peito que eu não deixo sair. É um grito surdo que as vezes chega até meus olhos, mas não sai. Eu já tentei gritá-lo várias vezes, mas ele não sai. Sabe quando chiclete gruda no cabelo? Eu até já tentei cortá-lo fora, mas não consegui.
Eu não sei mais o que fazer para arrancar esse silêncio. Já tentei métodos estranhos, já perdi horas pensando em  uma nova tática, arquitetei planos mirabolantes para tirá-lo daqui, mas ele não sai.
Uma vez eu pensei que ele ia sair. Chegou até minha boca e parou em meus lábios, voltou daí. Estranho com quando encaro aqueles olhos eu não consigo dizer nada. Parece que eu sou tão facilmente manipulada que isso me deixa louca de raiva!
Se eu fosse um pouco mais forte para gritar de uma vez tudo o que preciso. Mas não... Sou apenas mais uma muda na multidão. Alguém que deixa uma tal pessoa dizer o que quiser sem falar nada, sem se defender, sem gritar, sem nem chorar mais! O silêncio está tomando conta de mim. Quase como se fosse um câncer, eu sinto ele se enraizando pelo meu corpo, se espalhando e sugando minha vida.
Eu não consigo mais sorrir como antes, eu não consigo mais sonhar, não consigo mais respirar em paz. Meu reflexo no espelho aponta o dedo para mim e me chama de covarde. Me disseram que estou nessa porque quero, a única coisa que eu não sei é como eu faço para sair dessa bagunça! Como eu faço para parar com esse "querer"?
Eu já tentei fugir fingindo que nada está acontecendo, mas... eu acabei ainda mais enrolada nisso tudo.
O meu silêncio não tem mais nada de Nobre. E agora tudo o que eu tento pensar é como e quando eu cuspirei esse silêncio na cara de quem precisa ouvir! Eu queria dizer tudo sem ser rude, sem ser mal interpretada, mas isso é impossível! Por fim eu desejei apenas dizer, sem me preocupar com o resultado, mas também não consigo.
Eu preciso gritar. Eu preciso ser forte, mas eu perdi minhas forças... nesse silêncio. Nesse Maldito Silêncio.

Alanna Correia

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Ah, Moisés... Eu sei que o texto não é romântico e nem sei se ele ficou bem escrito, mas é que eu realmente precisava gritar qualquer coisa. Quem sabe assim eu não arranje coragem para um dia gritar de verdade o que precisa ser gritado, né? ^.^
PS: Eu NÃO consigo abrir o Nobre do meu pc! Não consigo comentar no post do Moisés e as entidades do mal vão dominar meu pc - depois vão dominar o google e por fim dominarão o mundo.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

AGRADECIMENTO


Fiquei pensando em um poema que fosse especial, pois este é o primeiro post do ano. Então decidi postar um poema que escrevi há três anos (já faz um bom tempo, mas é bem oportuno!). Quantas vezes nos esquecemos de agradecer pelas bênçãos que recebemos? Que neste ano que se inicia antes de pensarmos nas coisas que queremos conquistar, pensemos nas coisas que já conquistamos e que não nos esqueçamos de agradecer por elas. Acredito que esta é uma boa maneira de começar o ano! FELIZ ANO NOVO!!!

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Cada palavra que escrevo

Tem sempre o gosto de ser a última

Por que começo a partir

Mas não parto para a morte

E sim para a vida

Sinto um desejo incontrolável de aventura.


Agradeço por nada ter faltado em minha vida

Pois conhecendo a tristeza

Conheci a importância da felicidade

Conhecendo a angústia

Conheci também a importância da tranqüilidade

Conhecendo a prepotência

Conheci a importância da humildade

Conhecendo a dor

Conheci a importância do alívio.


Depois de tantos conflitos travados

Interior e exteriormente

Encontrei as respostas que mais importam

Entre idas e vindas

Passei por lugares prodigiosos

E também por lugares indignos de regresso.


Agradeço também pelas vezes,

E foram muitas vezes,

Que me perdendo

Acabei me encontrando.


Não peço a Deus que eu não caía,

Peço que tenha forças para me reerguer

Não peço a Deus que eu não chore,

Peço que eu tenha momentos felizes

Não peço a Deus que eu não erre,

Peço que eu aprenda com os erros.


Só peço a Deus

Que nada falte em minha vida

E que eu sempre tenha sabedoria

Para enfrentar o que vier

Obrigado meu Deus

Porque sois tão bom e amável.


(Moisés Wesley)