sábado, 5 de novembro de 2011
Segredos
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
ESTAÇÃO
Sentado no banco da estação do metrô
Observo a movimentação das pessoas
Quantas pessoas indo e quantas vindo
Quantos destinos diferentes
Rostos diferentes
Histórias diferentes
Vidas diferentes.
De todas essas pessoas
Sei tanto delas quanto elas sabem de mim:
Nada!
São muitos estilos, comportamentos
Como saberia?
Por diversas vezes me vi sozinho
E por isso tracei objetivos individuais
Mas agora, olhando essas pessoas,
Eu me pergunto:
Algum objetivo meu não estaria prejudicando
Um objetivo alheio?
Este meu objetivo é mesmo necessário?
É mais importante do que os objetivos
Dessas outras pessoas?
Será que elas me percebem como eu as percebo agora?
Será que me vêem sentado neste banco?
Será que elas pensam em relação a mim
Da mesma maneira que eu penso em relação a elas?
Só agora, depois de observá-las bem,
Percebi o quão cego eu estava
Como eu pude, diante de tantas pessoas,
Não me lembrar delas
E só me lembrar de mim?
Agora, sentado no banco da estação
Esqueço de mim
E me preocupo com elas
E como sinal que as percebo
Abro um sorriso
E como resposta eu recebo a indiferença.
Insisto em sorrir para cada pessoa que passa
E a resposta é a mesma
Ora, quem pode culpá-las?
Não as percebi durante muito tempo
Por que elas me perceberiam?
Uma criança me percebe
E com o sorriso mais doce
Faz valer o meu esforço
Para perceber e ser percebido.
Para minha surpresa ela se aproximou
E disse bem próximo ao meu ouvido:
“Eu sei o que você está fazendo,
Não desista, comigo acontece a mesma coisa,
Mas eu continuo a sorrir”
Sua mãe se aproxima e diz:
“Só me faltava essa,
Além de sorrir à toa
Ainda conversa sozinha”
E eu, sentado no banco da estação,
Continuo a sorrir...
(Moisés Wesley)
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Um Fim
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
REFLEXÃO
O hoje se tornará o ontem,
O futuro será passado.
O passado foi presente, foi futuro.
Porém, tudo é confuso
Será que as coisas realmente mudam?
Talvez nem existam mudanças,
O que se vê é apenas a repetição da história,
Que não vivemos apenas a encenamos.
O que se vê é que o confuso
É permanente
E o questionamento é iminente.
Somos tudo e nada,
Realidade e ilusão,
Somos uma contradição,
Somos uma fusão.
Os sonhos dão sentido à vida,
A vida é um risco de ganhar e de perder,
Mas vale arriscar e perder
A se reservar e, no tempo, se esquecer
Deixando de viver.
Somos pó misturado com água,
Transformados em massa endurecida.
Somos vulneráveis ao tempo,
Deterioramo-nos,
Transformamo-nos.
Mas de um jeito ou outro,
Evoluímos,
E um futuro nos espera
Vivemos numa esfera
Que nos deixa tontos.
Olhamos para frente,
Sempre nos arriscamos
Porque fazemos o que queremos
E fazemos o que não queremos
Mas o importante é que vivemos
E a realidade modificamos.
Somos fracos,
Mas pensamos,
O que não é sinônimo de usar a razão,
E que sentido terá,
Quando descobrirmos que a nossa verdade não há?
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Embriaguez
terça-feira, 23 de agosto de 2011
DESCONHECIDA
Ela passou perto de mim
Seu perfume era de jasmim.
Bela como a alvorada
Deixou minha mente abalada.
Ela, com um simples olhar, me conquistou
E minha vida, um novo rumo tomou.
Com seu jeito meigo de ser
Deu-me um novo sentido para viver.
E assim foi me ganhando
E a cada dia meu amor por ela foi aumentando.
Porque no amor as coisas transcorrem sem nem sequer perceber
Quando nos damos conta, já temos um novo querer.
Difícil é quando o novo amor ali está
E nem percebe que você com ele deseja ficar.
Não há tortura sentimental maior
Quando ela nem percebe que você existe
E a cada dia que passa a vida fica mais triste
E o coração cada vez pior.
(Moisés Wesley)
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Pesadelos
segunda-feira, 25 de julho de 2011
ATÉ MAIS, MINHAS QUERIDAS...
Mais uma vez vocês se vão deixando um grande vazio!
Por que sempre fazem isso comigo?
Me sinto tão bem quando estão presentes.
Demoram tanto para chegar
E partem tão repentinamente!
Às vezes, dói tanto quando não estão aqui!
O sofrimento cresce inversamente proporcional a sua vinda!
Momentos tão lindos, tão felizes nós sempre passamos juntos
Mas vocês, sem nenhum remorso, constantemente me deixam!
Enquanto vocês se ausentam
Eu fico aqui usando a lembrança de nossos encontros
Como sustentação até vocês voltarem!
Ah, mal se foram e eu já sinto saudades!
Tudo bem, eu já deveria estar acostumado.
Vão, minhas queridas...
Eu fico aqui, sem vocês.
Suportarei, pois sei que vão voltar, vocês sempre voltam.
Até mais, minhas queridas...
... minhas queridas férias!
(Moisés Wesley)
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